Ao lembramos bom sinal
Como
a neve inusual
Caindo
alegre à natureza,
Vemos
tua alma virginal,
Tereza,
em doação total
À
eterna Realeza.
Não
era duro inverno frio
A
arrancar-nos arrepio,
A
neve veio de presente.
Para
ti, em pleno estio,
Ela
ao claustro então caiu
E
fez tua alma bem contente.
A
brancura d’açucenas
A neve imita mui serena
Alegrando
o coração.
Pois
na célica morada,
Feliz,
a alma enamorada
Busca
paz, consolação.
Caía
a neve nos telhados,
Nos
canteiros penhorados
Com
beleza hibernal.
“Jesus
atendeu o meu pedido,
Há
branco lá fora, no meu vestido,
Para
a festa nupcial.”
Ouve,
ó doce Terezinha,
Usei
recursos que detinha,
Pobres
para te exaltar.
É
maneira própria minha
De
fazer-te louvaminhas,
Quis
com isso te alegrar.
Pra
fechar o recital
Que
não é substancial
O
bastante à tua altura.
Rogo
que sejas radical,
Me
ajuda a sair do mal
Que
mantém minha alma impura.
Então,
te cantarei, à neve
Que
caía bastante leve
Nos
teus divinos esponsais.
E
por bondade aí me leves
Àquele
que te trouxe neve
Das
paragens eternais.
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