Que
vejo nesta paisagem
Que
já não tenha visto,
Como
os pinheiros à aragem?
Eles sobrepairam esse misto
De
pastagens e matarias
Com
umbelas de ramagens.
Se
em pequeno os via na manhã
Com
grimpas voltadas para o céu
Como
esquecê-los ora
À
luz ridente da aurora?
Cantam
bem-te-vis ao léu,
E
no capão, os araquãs.
Nas
grimpas a essas horas
Aves
fazem piruetas
Que
amáveis facetas
Te
m a luz da aurora
Que
nunca vá se embora
De
minhas cançonetas.
Nem
as dos passarinhos
Se
evadam dos pinheiros
Cantando
bem faceiros
Desde
manhã cedinho
Até
os raios derradeiros
Se
evadirem purpurinos.
Generosas
araucárias.
Nós
crianças bem vos vemos
Carregadas
de pinhas várias
A
caírem no terreiro.
Antes
que nossas alimárias
Nós
chegávamos primeiro...
Pinheiro, meu bravo pinheiro,
A
zunir nas tempestades
Ao
vento fugaz, fagueiro
Deixa-me
o eco da saudade
Essa
zune por herdades,
E
no meu peito por inteiro.
Quando
de manhã nos amanhãs
Tens
auroras e belas pinhas
Tens
a cantar os araquãs
E
outras aves minhas
É
que vejo sob as tuas grimpas
A
luz guindar-me à vida sã.
Gralhas,
quer azuis ou brancas
Vêm dançar por entre umbelas.
Que
coisa mais farão nas plantas,
Esplendorosas
araucárias?
Colher e semear vão elas
Pinhões
nas trilhas várias.
Novas
araucárias belas
Nascerão
nas capoeiras
Para
o sol terão umbelas.
Azuis
ou brancas lá vão gralhas
Saltitar
nas verdes malhas
Sempre
outras rimas mais
Possam
afinal tecer
As
futuras gerações.
Nos
vindouros pinheirais
Que
faremos soerguer
Achem
pinhas, inspirações
Viridentes
pinheiros,
Deslumbrantes
pinhas
E
alegrias nas manhãs
Para
vós as rimas minhas
Onde
gralhas, araquãs
Dão
à vida um ar faceiro.
Num
fascínio especial,
Araucária
dos meus sonhos,
Ainda
serves de sinal.
Bem
alegres, nós já vamos
Destacar
-te verde ramo:
A
Deus Menino em seu Natal.