Fotos: blog.ruadoalecrim.com.br |
Nos montes onde bate o vento
Há mais que bosques, mais que pastos.
Há mais na Serra Mantiqueira.
Há mais que folha em movimento
E acenos para os astros,
Há ramadas de oliveira.
Para o fundo das valadas
Jaz o lar dos lavradores,
A capela à oração.
Há riquezas nas ramadas,
Azeitonas são valores
Há na serra reminiscências
D’áureos tempos do café
E de bois nas invernadas.
Agora chega outra essência
Que serve a mesa e a fé
E perfuma as madrugadas.
Junto ao cedro e quaresmeira
Outra planta se levanta
Cá na Serra Alterosa.
As ramadas d’oliveira
Pela ventania cantam,
Lá vêm com bolsas colhedores
A colher d’oliva os frutos
Pendentes de ramada arcada.
Os que colhem são cantores
Na cadência do produto
Mudou paisagem n’Alterosa,
Onde se rojam para os ares
Jatobá e aroeira.
Junto destas são airosas
Com fruteiras e lagares
As ramadas de oliveira.
Perseverante atividade.
Eis patrões e colhedores,
Irmanados na alegria.
Como em jogos da antiguidade
São valentes lutadores
Se na Olímpia gloriosa
Poucos tinham a proeza
Das coroas de oliveira.
Aqui à cena trabalhosa
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