Não preciso inventar
É
só tirar
Do
balaio
Imagens
a dançar.
Movimentos,
passagens
Tive-os
demais
No
rincão selvagem
Entre
milharais.
Transborda
o balaio
De
imagens a dançar.
Colho-as
pela estrada
Livre,
descuidadamente
Sem
medo de dispersar.
Ouvidos
atentos.
Grilos
e animaizinhos
Não
conseguem burlar
O
silêncio dos caminhos.
Eis
que atordoado
Pela
gripe esticada
Passeio
pelos ermos.
Água
na fonte?
Haja
meio de a colhermos.
Curvas
são morros.
No
fundo o arroio.
Capoeiras
e canas
Foi-se
a seara
No
lombo dos comboios.
Canas
de milho
Pelo
chão, nas passagens.
Pontas
de arvoredo
Sacudindo
na aragem.
Não
sei inventar
O
que faço
É
inventariar.
Do
fundo do balaio
Tiro
imagens
Agora...
Agora
é só cantar.
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